sábado, 11 de julho de 2015

Ensolarada

Era engraçado, era até um alívio viver em seu mundo e não ter que aturar pessoas, situações.
Naquelas tardes ensolaradas em que o sol entrava pela janela grande e iluminava toda a sala, a alegria tinha seu lugar.
Os cabelos brilhavam ainda mais por causa da energia solar que pelo que consta protegia aquela família.
Observava a facilidade de como a harmonia fluía naquele lugar, ainda ouço as risadas.
Ela comprava uma sombra rosa bebê, uma moça tão paparicada que nenhuma maldade do mundo parecia capaz de atingi-la; era protegida demais para preocupar-se com as mazelas.
Seus desejos eram atendidos sempre. Ela não precisava de Goethe, Sartre, Fernando Pessoa para impressionar; sua magia enfeitiçava mais do que palavras difíceis.
Lembrarei dela em todos os sábados ensolarados, lembrarei dela e de todos os garotos que gostariam de beijá-la, lembrarei da sensação mais deliciosa e viciante que existe: ser uma garota mimada.



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