Intrigado, ele perguntou novamente: - Mas se você não é
católica, espírita, evangélica. Você é o quê? Você tem mágoa de Deus?
Você não é casada? E filhos?
Nessas horas eu respiro fundo, penso e penso novamente
antes de responder para não ser a grossa que estraga a fé alheia, como se fosse
muito bonito ficar perguntando sobre religião para uma pessoa que está
conversando pela primeira vez numa mesa de bar com mais cinco pessoas.
Colega, então existe a obrigação de pertencer a uma
religião. Mas quem é esse Deus que você
tanto fala? Cada religião tem o seu Deus, me deixa ter o meu, aliás, acredito
em muitos, sou plural.
Os rótulos, a culpa, o medo do pecado eu deixo pra você;
deixo também o casamento infeliz, mulher ligando enquanto você quer me beijar.
Isso não é coisa de “Deus”. Religião muitas vezes é uma estratégia de marketing
bem burrinha para que a pessoa possa se esconder atrás dela.
E digo mais, que limitação mental é essa? O corpo é um
templo, seja o SEU Deus. Abrace uma árvore, faça uma meditação, converse com o
céu estrelado, mas, por favor: liberte-se!
Deus expulsou Adão
e Eva do paraíso e nessa confusão você também foi.
O mundo está saturado de gente que faz muita pergunta,
mas não sabe nada sobre si.
Obs: Eu poderia muito bem construir um
texto com argumentações filosóficas e tal, não quero. Deixo assim: direto, cru.
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