Eu vi uma menina sentada com sapatos brancos de boneca,
tão segura no seu mundo e protegida pelo seu silêncio.
Estava nublado e as cortinas balançando no alto do prédio
anunciavam um temporal, dentro do restaurante; vozes e talheres.
Dentro do restaurante, no meu jeito nublado de observar
as pessoas; a menina continuava sem medo do futuro.
A chuva veio, veio sem piedade. Do vidro eu via as
pessoas correndo, queriam abrigo. Eu também queria abrigo apesar do ambiente
aconchegante do restaurante e suas luzes.
Aqui dentro de mim o temporal fazia barulho, pedras de
granizo.
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