Vou falar sobre um fim de tarde de vento gelado, o mar
solitário em sua grandeza e eu solitária em minha vida que transborda alegrias
e medos.
Se eu não tivesse autoconhecimento teria entristecido junto com o vento, mas nasci
para observar e amar a minha companhia.
Um escritor precisa de solidão para escrever, ir de
encontro com seus conflitos e enfrentá-los.
É o mais solitário dos humanos e o mais incompreendido
também.
Como alguém vai entender que uma moça bonita (bom, é que
dizem) gosta tanto de ficar quieta escrevendo?
A moça loira que caminhava sozinha na praia era uma
ilusão de ótica.
Passos apressados sem saber o motivo da tal pressa.
Pressa de me perder e nunca mais me encontrar.
Perder-me nas nuvens e casas vazias.
Eu tenho saudade de coisas que não vivi, mas é tão real,
tão querida e doce.
Saudades do abraço, da proteção de um certo alguém que eu
não sei quem é.
Sem comentários:
Enviar um comentário